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Atualizado em: 
qua, 27/09/2017 - 09:35

Levantamento identifica que empresas com mais mulheres em cargos de liderança têm maiores lucros.

Coordenadora-Geral de Governança de TIC da Dataprev, Maria Teresa SalekLevantamento realizado em quase 22 mil empresas de 91 países pelo Peterson Institute for International Economics (PIIE),  centro de pesquisas econômicas de Washington, nos Estados Unidos, identificou que empresas com mais mulheres em cargos de liderança têm maiores lucros. Com base na constatação, os pesquisadores destacaram a importância das companhias estimularem o avanço de profissionais ao longo de toda a estrutura corporativa  e não apenas selecionar algumas executivas para o topo.

No Brasil,  a média de mulheres que ocupam cargos de diretoria é de 6,3%. É o único país com proposta de cotas, inclusive. Projeto de lei em trâmite no Congresso Nacional propõe que 40% dos cargos de diretoria das empresas estatais sejam ocupados por mulheres. 

A  coordenadora-geral de Governança de TIC da Dataprev, Maria Teresa Salek, é uma das brasileiras com cargo de destaque no mercado de trabalho. É o que mostra a quarta e última reportagem da série especial sobre a presença feminina na TI, no mês em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres. Na Dataprev, elas são  1.303 funcionárias em um universo de 3.956 empregados.

Há 29 anos na Dataprev, onde entrou como estagiária no ano de 1987, Maria Teresa passou por diversos departamentos, gerenciou as áreas de Operações, Administração da Produção, Logística e Infraestrutura e assessorou a Diretoria de Operações.

Hoje, centraliza e gerencia as demandas da Diretoria de Operações e Tecnologia (DIT), tendo em seu comando o portfólio de investimentos de TI da empresa. Passam pela sua coordenação decisões de compras de servidores de última geração, softwares e todos os outros equipamentos fundamentais à grande reforma tecnológica vivida pela empresa nos últimos anos.

Tomar decisões e liderar um grande número de empregados sempre foi de certa forma tranquilo, afirma ela, que começou sua história profissional ao escolher cursar uma das turmas de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Curso que terminou abandonando, empolgada com o trabalho na Dataprev, onde entrou por concurso em 1989.

"Estava tão empolgada com meu trabalho na empresa que terminei trocando Engenharia por  Administração, curso que fiz à noite. Na época, trabalhávamos na Rua André Cavalcanti, na Lapa, só depois fomos para o Cosme Velho. Já estou acostumada a ser uma das poucas mulheres na liderança e principalmente numa diretoria em que o corpo técnico é predominantemente masculino", explicou.  

Depois de 20 anos de carreira, hoje Maria Teresa gerencia um departamento que começou com cinco empregados em 2007 e atualmente conta com 30, a grande maioria admitidos nos últimos três anos.

"Quando faço um balanço de minha carreira, vejo que valeu a pena colocar a minha marca na forma de trabalhar e na vida das pessoas. Sempre fui muito assertiva. Nunca acreditei que dava para fazer as coisas mais ou menos ", disse.

Pelo mundo - Atualmente, apenas 20% das 100 maiores empresas mundiais do ranking da agência Standard & Poor’s empregam uma diretora.  Mesmo no Vale do Silício, pólo industrial de alta tecnologia da Califórnia,  nos EUA, só 10% das empresas têm diretorias ocupadas por mulheres.

Na América Latina, as mulheres representam apenas 6,4% da diretoria das 100 maiores empresas, de acordo com estudo da Corporate Women Directors Internacional (CWDI), um grupo de pesquisa com sede em Washington, também nos Estados Unidos. Na América do Norte, a presença feminina é 19, 2%; na Europa, 20% e na Ásia, 9,4%.

A Colômbia é líder absoluta na América Latina de presença feminina nas diretorias das empresas: ocupam  13,4% dos assentos no conselho das suas maiores companhias.  O México tem apenas 5,1%,  enquanto a porcentagem do Chile é de 3,2%. Entre as empresas com diretores do sexo feminino, 43% têm uma só mulher no comando.