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Dataprev está preparada para atuar como plataforma social e geopolítica, afirma ministra Esther Dweck
Titular do MGI participou do Clube do Poire Digital, no dia 22, na sede da empresa em Brasília, quando destacou a transformação digital no contexto internacional e dos serviços públicos brasileiros
“Transição energética, demográfica, tecnológica, ecológica – a Dataprev tem condição de atuar em todas essas áreas ”, afirmou a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, durante a reunião do Clube do Poire Digital, realizada na terça-feira (22), na Dataprev, em Brasília. Foi a quarta edição da iniciativa e a primeira ampliada, com a participação de diretores e superintendentes, além dos especialistas convidados que debateram a transformação digital, suas implicações globais e as iniciativas do governo federal para acelerar o aperfeiçoamento dos serviços na economia de dados.
Segundo a ministra, a empresa está preparada para atender às demandas diretamente relacionadas à transformação digital brasileira, como uma grande plataforma de dados sociais para a Estratégia de Governo Digital, e apresenta também um “potencial enorme” para colaborar na integração regional na América do Sul, à frente de parcerias no campo da TI. “A Dataprev tem um papel estratégico e tecnológico não só na geopolítica, mas também na questão social, para conseguirmos enxergar melhor os brasileiros, que é o objetivo do projeto da Carteira de Identidade Nacional, e que passa pela atuação forte da empresa para enxergar onde chegam as políticas públicas e se chegam corretamente.”
A reunião do Clube do Poire Digital contou, ainda, com a participação da secretária-executiva do MGI, Cristina Mori, e de Marco Cepik, da Escola de Inteligência, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cuja apresentação, intitulada “Futuro digital e Poder Global”, analisou as oportunidades e as ameaças derivadas das disputas tecnológicas no mundo.
A orientação geral do governo federal, explicou a ministra, é estruturar sua capacidade tecnológica, buscar parcerias com estados e municípios e promover a transformação digital da sociedade. “Existe uma dimensão importante de fortalecimento das empresas públicas de TI, tanto as federais, quanto em parceria com as estaduais, para que isso nos dê uma base para ir além da própria Estratégia de Governo Digital (EGD), [ou seja,] para o projeto de Transformação Digital e para a economia digital brasileira.”
A EGD prevê, para este ano, cinco principais objetivos, apontou a secretária-executiva do MGI, Cristina Mori: consolidar a plataforma Gov.BR, que já conta com 4.758 serviços e 267 portais integrados; estabelecer a Infraestrutura Nacional de Dados; implementar e expandir a Identidade Digital e a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN); expandir o Governo Digital por meio de parcerias com estados e municípios; e fortalecer a privacidade e a segurança da informação. Um outro alvo, de natureza estruturante, é a evolução da governança de TIC nos órgãos, em todas as instâncias.
A nova Identidade Nacional deve funcionar como porta de entrada do cidadão para uma “plataforma social”, enfatizou Cristina. Visa garantir uma identificação unívoca, e por isso mais confiável, para integrar serviços públicos – e mesmo privados – nas áreas de previdência, trabalho, assistência, saúde e educação –, em uma estrutura cujo centro são as pessoas e suas necessidades concretas.
“Se as pessoas são diferentes, a nossa tentativa é apresentar para quem vai acessar o portal aquilo que faz sentido para aquela pessoa específica, com aquela idade, dependendo de onde ela mora, tendo como referência a vida real em serviços bem customizados para o usuário”, adiantou a secretária-executiva do MGI.
G20 e GT de Economia Digital
A secretária adjunta de Governo Digital do MGI, Luana Sant'Anna Roncaratti, recém-chegada da reunião do G20 em Bengaluru, na Índia, relatou a atenção dispensada ao Brasil, que assumiu a Presidência do Grupo de Trabalho de Economia Digital. “É impressionante como todos os países estão muito interessados nos casos brasileiros; estamos sendo observados”, contou. Segundo ela, os debates no GT giraram principalmente em torno da infraestrutura digital pública, segurança e habilidades digitais.
O Brasil assume a Presidência e recebe o G20 em 2024, e as linhas a serem discutidas no próximo encontro, no campo do digital, já estão sendo propostas no GT, coordenado pelo Ministério das Comunicações. Até o momento, incluem temas como medidas educacionais, as ameaças das fakenews à integridade da informação, regulação de plataforma e Inteligência Artificial, além das conversas sobre carteira de identidade digital e Infraestrutura Nacional de Dados, informou Luana. “ O Brasil tem essa oportunidade de se colocar de forma muito contundente com relação a essa aliança.”
Cepik, da Abin, observou que a tecnologia é elemento chave nas relações internacionais do país. "Precisamos ter uma base regional não só por causa da escala, mas também por conta das pré-condições logísticas para fazer uma inserção mais soberana nessa segunda fase da era digital”, defendeu. A segunda fase, explicou, caracteriza-se pelo aumento brutal na escala dos dados - a dataficação da sociedade - e a chegada das máquinas às interações desenvolvidas nas redes, ao lado do avanço de plataformas estrangeiras, principalmente dos EUA e da China, que agravam desigualdades e concentram grande parte do valor da economia global.
O presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, enfatizou, nesse contexto, a necessidade de a Dataprev se organizar rapidamente, tendo em vista a aceleração e a diversificação de demandas, a expansão do seu papel estratégico, dentro e fora do país, e as novas oportunidades geradas pela economia de dados. “Está claro que teremos que nos preparar para fazer mais”, afirmou.