O presidente da empresa, Rodrigo Assumpção, apontou os desafios para potencializar o valor dos dados, durante o Global Forum Sandboxes, aberto na segunda-feira (22), no Rio

O presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, apresentou a experiência brasileira do Auxílio Reconstrução, pago a atingidos pelas enchentes de maio no Rio Grande do Sul, durante o Global Fórum Sandboxes, aberto na segunda-feira (22), no Rio de Janeiro. O fórum continua nesta terça-feira (23), no Centro Cultural da Procuradoria Geral do Estado (PGE-RJ), no Convento do Carmo, e é realizado pela Datasphere Initiative, uma rede internacional para o desenvolvimento de frameworks “ágeis” que deem às pessoas acesso ao valor dos seus dados.

A ocorrência cada vez mais frequente e a intervalos menores de eventos climáticos extremos, como inundações, secas, queimadas, com grandes impactos sociais, tornou mais evidente, na opinião de Assumpção, a necessidade de construção de infraestruturas de dados capazes de subsidiar respostas rápidas do Poder Público.

O executivo participou da mesa “Sandboxes para regulação e elaboração ágeis de políticas”, ao lado de Fabiana Cebrian, coordenadora geral de Tecnologia e Pesquisa da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), Armando Manzuetta, diretor de Transformação Digital do Ministério da Economia da República Dominicana, de Amor Mclang, uma das fundadoras da Associação Internacional de Economias Digitais, Armando Guido Español, diretor executivo da Global Network, e Syed Iftikhar, diretor de Política de Inovação da Organização para Cooperação Digital (DCO). A mediação foi de Lorrayne Porciuncula, executiva da Datasphere Initiative.

De acordo com o presidente da Dataprev, a abordagem dos dados enfrenta alguns principais desafios. Entre eles, superar a dificuldade de compreensão e uso eficiente dos dados disponíveis, incluindo os processos de coleta, análise e interpretação para a tomada de decisão; a definição clara de responsabilidades na gestão e proteção dos dados; a interoperabilidade, ou seja, a integração de diferentes sistemas e tecnologias que dê conta da troca de informações entre áreas de governo e entidades; o aprimoramento legislativo que acompanhe o avanço tecnológico, a proteção dos dados, a segurança cibernética e uso ético das tecnologias; a governança robusta contra ameaças externas e que assegure credibilidade às instituições; e uma gestão dos recursos financeiros para manter o equilíbrio as demandas da inovação e a responsabilidade fiscal.

O Global Sandeboxes Forum reuniu representantes de instituições governamentais, empresariais e da sociedade civil de diferentes países, para debater formas de promover agilidade e flexibilidade regulatória em processos de inovação baseada em dados. Sandboxes, traduzidas por caixas de areia, fazem referência aos espaços reservados para as crianças brincarem, indicando metodologias, ambientes de laboratório, regulações provisórias ou mais flexíveis, destinadas a testar condições inovadores nos negócios e na sociedade.