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Infraestrutura Pública Digital e desafios da IA no setor público marcam último dia de seminário
"Os desafios da IA no setor público" também foram tema no último dia de evento
Também conhecida como DPI, do inglês Digital Public Infrastructure, a Infraestrutura Pública Digital é a estrutura tecnológica sobre a qual irão funcionar diferentes políticas públicas e as interações entre os muitos setores da sociedade. Esse foi o tema da palestra que abriu o último dia do Seminário técnico Construção de pontes para o futuro, realizado pela Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA), em parceria com a Dataprev.
O painel realizado nesta quinta-feira (7) foi composto pelo diretor de programa da Secretaria Extraordinária para a Transformação do Estado do MGI, Guilherme Almeida, e pelo líder de equipe da iniciativa openIMIS, na GIZ, Saurav Bhattarai. O presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, que moderou o encontro, explicou que a DPI ganhou um ar significativo após a Índia realizar o G20, no ano passado: “Agora, a Índia passou o bastão para o Brasil neste ano de 2024".
Já Guilherme Almeida explicou que a DPI refere-se a blocos ou plataformas que auxiliam na identificação digital, infraestrutura de pagamento e de soluções de troca de dados com objetivo de prestar serviços essenciais à população. permitindo a inclusão digital.
“Na construção da IPD brasileira, alguns elementos importantes são: a nova Carteira Nacional de Identidade (CIN) e a plataforma Gov.BR, e as bases de dados e serviços, que incluem o ecossistema de dados sociais mantidos pela Dataprev, além de bases de outros entes governamentais, como o DataSUS”, disse.
Uma referência para entendimento desse conceito é a Índia, cujo modelo de Infraestrutura Pública Digital se baseia no desenvolvimento de blocos compartilháveis (soluções digitais que são inclusive exportadas) e no apoio à inovação por meio de APIs. Nesse contexto, o líder de equipe da iniciativa openIMIS, na GIZ, Saurav Bhattarai explicou que a Índia utiliza o conceito de bens públicos digitais (DPGs, da sigla em inglês para Digital Public Goods), “softwares de código aberto, dados abertos, modelos abertos de inteligência artificial, padrões abertos e conteúdo aberto. “Os bens públicos digitais abrem novas oportunidades para acelerar a transformação digital e social”, disse.
"Os desafios da IA no setor público" também foram tema no último dia de evento. O diretor de Inovação e Informações Estratégicas do Ministério da Educação, Fernando Filgueiras, e o diretor de Gestão de Infraestrutura de TIC da Dataprev, Antonio Hobmeir, foram os palestrantes. A moderação foi realizada pelo diretor da Seção de Desenvolvimento da Previdência Social da ISSA, Raul Ruggia-Frick.
“É importante o debate de aspectos como regulação, capacitação de servidores, monitoramento e qualificação de dados, e o potencial de utilização da IA no Brasil e demais países”, disse Hobmeir.
O diretor de Inovação e Informações Estratégicas do Ministério da Educação, Fernando Filgueiras, complementou que a IA está também alterando o dia a dia das pessoas que trabalham na criação de políticas públicas. “A IA impacta a organização dos governos, ou seja, a interação de cidadãos com governos não ocorre mais no balcão da burocracia, mas por interfaces com diferentes agentes de IA embarcados. A IA é uma oportunidade de reconstruir a confiança no setor público”, explicou.
A manhã terminou com uma palestra técnica onde os analistas de TI da Dataprev, Amaury Filho e Thiago Prota, demonstraram os componentes de IA em pleno funcionamento. Houve apresentação do Portal de Demonstração IA, ambiente de experimentação e validação dos componentes IA desenvolvidos pela Dataprev.