Evento debateu os desafios e oportunidades tecnológicas para o setor público

Com o objetivo de compartilhar experiências sobre Governo digital, inovação e gestão de dados públicos, a Dataprev participou do Tech Gov Fórum Brasil realizado, nesta terça-feira (2), em Brasília. O evento contou com palestras e painéis voltados para funcionários e clientes de empresas e autarquias do Governo Federal.  

O presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, esteve presente no painel de abertura do encontro onde compartilhou o momento atual da empresa e destacou a importância do trabalho em conjunto com outros órgãos e entidades. “Eventos como esse aqui são de suma importância, uma maneira de discutir a estruturação do Governo Digital. Quem não tem classificação, discussão ou uma mínima organização dos dados, não tem nada. Não existe um país que avançou tecnologicamente sem estruturar um processo de coordenação e controle de dados”, comentou o gestor.   

A secretária adjunta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Luana Roncaratti, também participou do mesmo painel e descreveu a função do MGI no ambiente tecnológico do Brasil. “Nosso papel é criar capacidades estatais para coordenação da tecnologia da informação, ou seja, fortalecer esse sistema para entregar melhores serviços públicos sem grandes intercorrências e sem descontinuidades”, detalhou. 

Na ocasião, os debatedores também discutiram sobre serviços em computação em nuvem. O presidente  Rodrigo Assumpção refoçou que a empresa está preparada para atender às necessidades dos órgãos, em relação ao uso da nuvem. “Nós começamos a reestruturar os data centers da empresa em 2012. Então, os três datacenters da Dataprev operam de maneira orquestrada, têm espaço para crescer, no mínimo, 100%”, afirmou. 

Assumpção alertou que as empresas públicas devem investir bilhões na área, mas ainda assim será necessário atuar em parceria com o mercado. Segundo o presidente da Dataprev, é preciso uma coordenação das iniciativas, como a portaria publicada pela SGD/MGI n.° 5.950, de 2023. “Não existe país no mundo que avançou na sua transformação digital sem estruturar um processo de coordenação e organização dos dados”, reforçou. 

Já o presidente do Serpro, Alexandre Gonçalves de Amorim, entende que na nuvem de governo poderá haver participação dos grandes players do mercado, mas apenas como fornecedores e provedores de soluções. “Nós precisamos fazer isso de forma conjunta, organizado pelo Estado, através da SGD. O recado que nós damos é que as empresas públicas estão fortes e trabalhando de forma unida, com participação e diálogo com o mercado”, pondera.  

Compartilhamento de Dados entre órgãos de governo 

Em outro momento de debate do evento, o diretor de Relacionamento e Negócios da Dataprev, Alan Santos, trouxe para o painel Compartilhamento de Dados entre órgãos de governo como que os órgãos federais atuam. ”O ponto central que precisamos entender é que a tecnologia não é gargalo, o mais importante são os modelos de interação de modo a permitir que as demandas sejam tratadas na fonte e gerem informações qualificadas para apoiar as políticas públicas, evitando a necessidade de compartilhamento de arquivos”, contou.  

Para o diretor de Infraestrutura de Dados da Secretaria de Governo Digital do MGI, Renan Gaya, o não compartilhamento de dados e informações gera custos tanto para os cidadãos quanto para a administração pública. 

“Toda vez que você pede um dado para o cidadão, tem alguém do lado do governo validando essa informação. Então, quando você recebe uma certidão, é preciso validar se aquela informação é verdadeira. Com o compartilhamento, a gente consegue ser prático, eficiente e acessível. E isso diminui o tempo de atendimento e a quantidade de erros de digitação, o que é um benefício para o cidadão”, exemplificou Gaya. 

Estratégia de IA no Governo Federal e nos Estados 

A superintendente de Produtos de Dados e Análise, Juliana Ferris, terminou a participação da Dataprev no evento discutindo sobre Inteligência Artificial (IA). “O nosso empenho é qualificar os dados.  Uma vez qualificado é que podemos falar em Inteligência Artificial. Um exemplo prático é o de empregabilidade. Estamos desenvolvendo uma solução para melhorar a intermediação de mão de obra. A IA vai ser e está sendo um braço de apoio ao trabalho humano. Esse esforço vai acelerar decisões e encurtar jornada dos cidadãos para ter acessos aos serviços”.  

O encontro teve a presença de empresas e outras instituições do Governo Federal: Receita Federal; Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); ministérios do Trabalho e Emprego; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; da Saúde; e da Educação; e da Cultura, Serpro; Telebras, PROCERGS, dentre outros órgãos.  

O Tech Gov Fórum contou também com um espaço de exposições com fornecedores e consultores do mercado de tecnologia. 

 *Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MGI.