Em apresentação, ISSA cita avanços tecnológicos na Dataprev que vêm sendo apresentados a público internacional e exemplos de países onde o uso de IA vem afetando a entrega de serviços à população

Uma mudança de paradigma. Assim Ernesto Brodersohn, oficial sênior e coordenador da comissão técnica de Informação, Comunicação e Tecnologia da Associação Internacional de Seguridade Social (ISSA), definiu o uso de IA em instituições que lidam com a seguridade social. A apresentação foi realizada na quarta-feira (6), durante o Seminário técnico Inteligência Artificial para seguridade social – Construção de pontes para o futuro, realizado pela Dataprev em parceria com a ISSA, entidade que reúne 320 instituições de mais de 160 países. O evento, que segue até esta quinta-feira (7), integra as ações para comemoração dos 50 anos da empresa.

Brodersohn destacou que estamos passando de modelos determinísticos, onde as informações pedidas sobre cadastros e bancos de dados trazem sempre um resultado de um processo de maneira fixa, respondendo às mesmas ordens de comando estabelecidas, para um sistema onde as informações coletadas e os processos de análise e uso afetam o próprio programa, transformando-o continuamente de acordo com novas questões e necessidades inseridas pela administração do sistema.

Ernesto Brodersohn citou os avanços tecnológicos na Dataprev que vêm sendo apresentados a um público internacional neste evento e, em seguida, o coordenador da ISSA passou a mostrar exemplos de países onde o uso de IA também vem afetando a entrega de serviços à população, provocando automações e novas formas de gerenciamento de situações, análises prospectivas em Segurança Social, auxiliando na prevenção de riscos e até mesmo combatendo desigualdades e injustiças sociais históricas. Exemplos na Coreia do Sul, Arábia Saudita, Finlândia, Marrocos, Áustria, Bélgica, Uruguai, Colômbia e outros países foram rapidamente expostos.

Por fim, Brodersohn ressaltou que todos esses avanços não prescindem da supervisão e análise humanas, citando casos específicos como nem sempre os resultados de um processo aperfeiçoado por IA está isento de erros. Há sempre particularidades legislativas, sociais, culturais que tornam a realidade muito complexa, exigindo que o aperfeiçoamento dos sistemas seja algo permanente, vivo. Mas que essa inserção da IA na administração da seguridade social é definitiva.